ABSTRACT
O doente submetido a cirurgia cardíaca com frequência cursa com hipovolemia importante. É medida fundamental e prioritária a reposição volêmica adequada, para restabelecer o fluxo e o transporte de O2 para os tecidos, a fim de suprir as necessidades metabólicas orgânicas. Dentre os vários tipos de soluções disponíveis, destacamos: os cristalóides, os colóides protêicos e os colóides não-protêicos; com suas respectivas características, vantagens e desvantagens. Mesmo se conhecendo essas soluções, não existe consenso quanto ao tipo a ser utilizado em situações que exigem grandes reposições volêmicas, como as cirurgias de grande porte. No entanto, as soluções coloidais sintéticas vem sendo amplamente utilizadas em nosso meio para reposição volêmica, devido ao baixo índice de complicações, e estabilização rápida do perfil volêmico e hemodinâmico neste grupo de pacientes
Subject(s)
Hypovolemia , Thoracic Surgery , Colloids , Postoperative CareABSTRACT
Uma mulher de 80 anos de idade foi submetida à cirurgia de revascularização do miocárdio. Durante a toracotomia foi encontrado tumor correspondendo a um timoma no mediastino ântero-superior que foi ressecado junto com estruturas adjacentes. A seguir foi realizada a revascularização do miocárdio com enxertos de artéria mamária interna esquerda para ramos diagonal e descendente anterior sequencialmente, e de veia safena para ramos descendente posterior e ventricular posterior da coronária direita também de modo sequencial. A paciente evoluiu bem no pós-operatório imediato, e nos seis meses de segmento ambulatorial após a cirurgia, não apresentou sinais clínicos de metástase ou miastenia graves